![]() |
Foto: Freepik/Banco de Imagens |
A realidade das mulheres em diversos municípios da Mata Sul de Pernambuco continua sendo marcada pela ausência de políticas públicas efetivas. Um levantamento recente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) revelou que 1 em cada 3 cidades pernambucanas não possui órgão responsável pelos direitos das mulheres. Além disso, 93% dos municípios ainda não contam com casas-abrigo para acolher vítimas de violência.
Na Mata Sul, onde estão cidades como Palmares, Catende, Joaquim Nabuco e Ribeirão, essa carência tem consequências graves. A falta de estrutura adequada dificulta o acolhimento de mulheres em situação de risco, especialmente em regiões rurais e áreas mais afastadas dos centros urbanos.
Apesar dos avanços em leis e campanhas de conscientização, ainda existem barreiras no acesso à justiça, à proteção e ao apoio psicológico e social. Sem delegacias da mulher com funcionamento 24 horas ou centros de apoio regionais, muitas vítimas acabam permanecendo em silêncio por medo ou falta de suporte.
A coordenadora do Centro das Mulheres do Cabo, entidade que atua em cidades da região, afirmou que a ausência de políticas públicas revela a falta de prioridade dos governos municipais em proteger as mulheres. “Não é só uma questão de estrutura, é uma questão de compromisso com a vida das mulheres”, destacou.
O Tribunal de Contas já notificou a Polícia Civil e outros órgãos para que apresentem medidas concretas para ampliar o atendimento às vítimas. A expectativa é que ações efetivas cheguem também à Mata Sul, onde a rede de apoio ainda é frágil.
A criação de delegacias especializadas, casas de acolhimento e campanhas permanentes de conscientização são passos fundamentais para mudar essa realidade. Enquanto isso, movimentos sociais e entidades civis seguem cobrando mais responsabilidade e urgência dos gestores públicos.
0 Comentários